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sábado, março 29, 2008

Papo de banheiro

Desde pequeno somos ensinados a não jogar papel higiênico direto no vaso porque entope o encanamento. Ou seja, ficam nos assustando que o negócio todo ali vai pular para fora e ficar boiando pelo ambiente, te perseguindo . Ainda hoje vi num WC um cartaz pedindo para que o papel utilizado não fosse colocado dentro da louça, com o risco de causar constrangimentos.

Mas quando cheguei à Itália em 2006, depois de 13 horas de vôo, passei tranquilamente pela fiscalização, aguardei cerca de 30 minutos para pegar a mala e, assim que entrei no terminal, fui atrás das placas que indicavam o “bagno”.

Após a função e o alívio, para minha surpresa, nada de lixinho na pequena cabine. Apesar do risco de nada descer, decidi colocar o papel dentro do vaso mesmo. Fiquei novamente aliviado quando vi tudo ir embora.

Depois fui descobrir que, lá pelo menos, isso era o certo. Ano passado, no hostel na Argentina, conheci uma alemã que morou no Equador por seis meses e me contou, como primeira impressão sua sobre o país, o espanto de ver um lixo cheio de papel usado, como se fosse a coisa mais nojenta do mundo. Contei para ela que no Brasil, apesar das belas praias e paisagens, também tínhamos o costume equatoriano, ao que ela me respondeu com uma cara estranha (até acho que ela não nos incluiu no seu plano de viagem).

Hoje, ao me deparar com aquele cartaz, fiquei com aquela pergunta, novamente: porque aqui papel higiênico entope o vaso e em outros lugares do mundo jogá-lo ali é considerado sinal de higiene?

Ponto final

Mas pelo menos aqui temos como reciclar essa papelada toda, sem correr o risco que passe por uma estação de tratamento de esgoto e volte em forma potável. Melhor saber que você jogou fora um papel higiênico usado hoje e vai receber um boleto bancário novinho amanhã!

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