Parcialidade Total, por Eduardo Leonardi

A nova (e falha) identidade da TAM

A TAM resolveu mudar sua identidade visual e lançou uma grande campanha para divulgar isto. Provavelmente abalada pelo acidente aéreo de 17 de julho do ano passado e pela crise de atendimento durante o apagão aéreo, resolveu trocar de marca e de postura como forma de retomar a qualidade de seu atendimento, uma das melhores características que a empresa tinha antes da morte do Comandante Rolim.

Rolim Adolfo Amaro comandou a TAM de 1972 até seu falecimento, em 2001, quando o helicóptero que pilotava caiu em Ponta Porã (MS). Ficou famosa a atitude de colocar um tapete vermelho a frente da porta do avião para o embarque e desembarque dos passageiros, bem como os bons serviços dos comissários de bordo (muito mais simpáticos que os da “a ponto de falir” Varig). Diferenciais assim foram tirando passageiros das outras companhias e logo a empresa atingiu a liderança no setor. A partir daí, a qualidade nunca mais foi a mesma, culminando com a tragédia do vôo 3074 (lembrando também a falta de indenização das vítimas do acidente de Guarulhos em 1996), e todos os problemas durante a crise aérea no país.

Agora com a nova campanha, “Paixão por voar e servir”, a companhia tentar mudar a imagem ruim formada na opinião pública. Mas, vendo os outdoors, semelhantes à imagem abaixo, me assustei (clique na imagem para aumentar).


Cobertos pelas pessoas na imagem, os trens de pouso não aparecem. Com isso, dá a impressão que o avião fez um pouso de emergência, desceu de barriga mesmo e foi parar na grama.