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segunda-feira, fevereiro 12, 2007

O Salame

Antes de começar uma viagem sempre ficam algumas dúvidas. Basicamente, se vai ser boa, ainda que o destino já seja conhecido. Mas quando vou a Bento Gonçalves a resposta sempre aparece antes mesmo da jornada começar: sim, vai valer a pena. Isso te permite dormir poucas horas e acordar bem antes do sol, que te alcança já na estrada. E sem cansaço algum.

Você sabe que vai ser legal pelas parcerias. O Piero, que é meu irmão separado no berçário. É a única explicação para tantas coincidências. E o mundialmente famoso Alfeo, capaz de fazer uma banda esperar até que ele chegue para começar a tocar, e que sempre recepciona muito bem e cujas amigas são parte principal do belo cenário que a cidade tem.

As horas passam, o tempo voa, mas sempre se aproveita o dia, e muito. Em poucas horas, um passeio pelo centro, para ficar impressionado com a beleza das gurias de lá. Depois, uma volta no interior da cidade, para ver aqueles parreirais carregados e até tentar ajudar a colher alguns cachos da uva. Nesse meio tempo, uma chuva muito forte e um banho. Mas ninguém se importou, valia a pena.

A noite foi de aprendizado, em duas partes.

A primeira, na visita à Fenavinho Brasil 2007, a festa nacional do vinho. A região é a principal produtora da bebida no país. Une quantidade à qualidade, reconhecida pelos certificados. A lição veio durante a apresentação de duas horas sobre a história da bebida. Produzida pelo pessoal da festa do boi em Parintins, é encenada em uma área semelhante a um teatro no estilo greco-romano e impressiona pelo detalhe dos carros-alegóricos e pela atuação do elenco para contar milhões de anos.

Outro grande êxito na feira foi conseguir comprar a tradicional Copa, uma espécie de salame típico de regiões de colonização italiana. Tem um gosto único. E consegui achar por um preço praticamente 30% menor do que se vê em outros lugares. O problema para mim, e motivo de muitas piadas para os parceiros da jornada, foi ter que passar todo o tempo do show com o salame na mão. Quase caiu arquibancada abaixo! Eheheheheh

O segundo momento foi resultado de uma longa conversa com uma das amigas do Alfeo. Aliás, essas gurias de lá são algo sem explicação (e talvez eu já tenha falado isso). Para começar, elas conversam! Onde você vai encontrar isso em Porto?

Além de conversar, passam informações importantes. Comentei com esta guria que nós, homens, temos que ser mais ruins para as mulheres, que ser bonzinho já era. A resposta foi essa, mas ainda carece de mais opiniões femininas (quem quiser opinar...):

“Se a guria está carente, precisando ficar com alguém, ela quer que o cara chegue junto e já parta para o ataque. Agora, se ela está pensando em ter algo mais sério, precisa de um pouco de conversa.”

Caramba, mas como eu vou descobrir isso? eheheheheh

Ainda assim, até essa parte tudo ainda estava claro. Até que...

“O importante é ter atitude (ô palavrinha...). Não que atitude seja ir pra cima. Mas ao mesmo tempo é não ficar parado ou enrolando”

Ou seja... não tem explicação. Enfim, ambos concordamos que a vida é complicada mesmo.

Mas ao chegar em casa no domingo senti que tinha descomplicado um pouco. Graças ao bom e puro ar da Serra e das belas (e como) vistas de lá.

O blog do Piero tem mais: mundopiero.wordpress.com

Um comentário:

Anônimo disse...

A gente não perde muito tempo não! Já se põe a escrever!
Mas, que viagem! É sempre bom, ainda mais com essas parceirias.
Agora, vai ter a parte dois e três, hehehehe.
Aliás, graças a tua observação, vou mudar o título do post.
Abraços!