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terça-feira, outubro 14, 2008

Uma manhã ao São Pedro

Uma pequena nota no jornal de sábado avisava do concerto gratuito da Orquestra de Câmara do Theatro São Pedro no domingo pela manhã. Era uma das raras oportunidades de ver um espetáculo destes em um local especial centenário sem ter que pagar nada, por isso aproveitamos. Chegamos meia hora antes ao teatro e conseguimos lugar na platéia, bem de frente para o palco.

Se um dia você for a uma apresentação no São Pedro, chegue cedo para ter tempo de admirar cada pedaço da estrutura do teatro, detalhes no teto, o lustre, o palco, e se impressionar com o velho e pequeno, mas imponente, teatro. Foi o que aconteceu neste domingo. Ao mesmo tempo, ficava imaginando os porto-alegrenses que há cem anos faziam a mesma coisa, vestidos com o melhor traje (praticamente todos iguais) para ver óperas, sentados no mesmo lugar onde eu estava de calça jeans e tênis.

Logo a campanhia tocou, o tradicional aviso do início do espetáculo. Os músicos entraram e começaram 50 minutos de bela música. No programa, "Divertimento nº 3 em Fá Maior", de Mozart, "Concerto para 2 Violoncelos em Sol Menor", "Concerto para 2 Flautas em Dó Maior", "Concerto para 4 Violinos em Si Menor", todos de Antonio Vivaldi, interpretados com o acompanhamento de jovens solistas da UFRGS e UFSM.

E em meio a "Créus", mulheres fruta, emos e da música vista como uma linha de produção industrial, é bom poder ouvir estas belas composições do tempo que os instrumentos falavam e se impressionar com a capacidade de pessoas em juntar notas soltas para resultar em um som único que sobrevive até hoje. De ouvidos limpos, comecei a semana.

Ponto final

Para completar o domingo perfeito, após o almoço fui descansar nos sofás da Casa de Cultura Mario Quintana, agora restaurados. O couro rasgado está como novo, brilhando, e o estofamento continua tão confortável como sempre. Com essa reforma, meu sonho de comprá-los foi adiado.

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