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quinta-feira, agosto 23, 2007

O Primo Basílio

Muito bem acompanhado, fui assistir uma nova produção do cinema nacional, “O Primo Basílio”. Com direção do global Daniel Filho, produção da Globo Filmes e distribuição da Buena Vista, empresa da Disney, o filme é uma adaptação da obra de Eça de Queirós de 1878.

Aliás, confesso envergonhado que não li o original, mas os roteiristas procuraram aproximar a história com a realidade brasileira. No lugar da Lisboa do século XIX, está a São Paulo do final da década de 50. Os personagens do filme fazem parte de uma sociedade que estava aproveitando o plano desenvolvimento projetado no governo Juscelino Kubitschek, com o avanço da industrialização e a construção de uma nova capital para o país.

O filme conta a história do reencontro de Luísa com seu primo Basílio. Luísa é casada com o engenheiro Jorge, que, envolvido na construção de Brasília, passa um tempo fora da capital paulista. Com isso, abre espaço para uma reaproximação entre os dois primos, observada de perto pela empregada do casal, Juliana, que tenta tirar proveito da situação para garantir sua aposentadoria.

Uma trama de traições, chantagens e amor, boa de se ver, mas que traz um grande problema das produções da Globo. No final, tudo parece uma novela de capítulo único com quase duas horas de duração. Isso acontece não só pela direção de Daniel Filho, como pelas presenças no elenco de Débora Falabella, Fábio Assunção, Glória Pires e Reynaldo Gianecchini, entre outros. Mas é de se entender, visto que é uma forma de tentar atrair o público da TV a ver os filmes brasileiros.

Ponto final

Notas de uma tradicional manhã. Minha vira-lata ficou me olhando enquanto tomava meu mate. Não sei se eu estranhava mais o fato dela estar olhando ou ela estranhava o que eu estava fazendo com aquela coisa na mão. Ou na certa estava esperando que eu atirasse para ela buscar.

Mas estranho mesmo é ela não ter nome, tanto que ficou Cusca mesmo, esse tradicional modo de chamar um cão nestas bandas do sul. Leio num site sobre esse “dialeto gaúcho”, de Felipe Simões Pires, que cusco vem do “espanhol platino, provavelmente já emprestado do quíchua – cachorro pequeno e de raça ordinária (ou sem)”. Mas, para mim, o melhor termo para qualquer cachorro ainda é “guaipeca” que, segundo o mesmo site, seria a tradução para o tupi da palavra cusco.

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