Parcialidade Total, por Eduardo Leonardi

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Foram quase 30 loucos dias que valeram muito. Justificam-se investimentos e esforços ao conhecer lugares novos, redescobrir outros, estar em contato com gente de outros cantos que deixam tantos conhecimentos sem mesmo saber se algum dia vão se reencontrar com você.

Os mapas, antes simples traços amarelos sobre uma folha, agora estão riscados, amassados e viraram tridimensionais. Você olha e reconstrói esquinas, prédios, panorâmicas e todas as ruas nas quais você deveria ter dobrado mas ficou perdido e precisou caminhar mais até acertar a rota.

Estou zerado, num sentido positivo, apesar da tosse de cachorro louco, a dor na garganta e a febre que aos poucos passa. Tudo porque você faz um esforço para não ficar doente durante a viagem. Pode até tomar sorvete no meio de um temporal usando um chinelo de dedo que não tem problema, o corpo segura. Mas assim que você coloca os pés em casa e relaxa, vem tudo junto.

Não é ruim, porque você sabe o quanto aproveitou, o tanto que aprendeu. As fotos e os relatos estão de prova. Aos poucos, vou colocando aqui o que me lembrar... às vezes pensava até em escrever no momento que a situação ocorria, mas o tempo para refletir sobre os fatos foi fundamental para que fiquem claros no momento de contá-los.

Rio Uruguai em Iraí, na divisa entre Rio Grande do Sul e Santa Catarina

Enfim, de volta.