Terminada a aula de italiano, ainda tinha muito tempo pela frente antes de começar a trabalhar. Para fazer a digestão, aproveitei que estava com a câmera e fui colocá-la em operação na Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ), localizada no antigo prédio do Hotel Majestic. O anúncio abaixo, publicado no Almanaque do Correio do Povo de 1954, mostra a grandeza deste estabelecimento e sua importância como o mais moderno do estado à época.
Chama a atenção, também, a grafia de algumas palavras como “elle”, “cosinha” e “offerecendo”, corretas para a época. Sem falar no fato de oferecer água corrente, me deixando a imaginar como era a situação em outros locais.
Com a falência do hotel, o local ficou abandonado entre a década de 70 e 80. Nos anos 90 se torna um dos principais centros culturais da capital gaúcha.
Vista da Rua dos Andradas no Jardim Lutzenberger, no 5º andar da CCMQ. Na imagem, a Igreja das Dores e o Comando Militar do Sul
Atualmente o prédio está passando por um processo de restauro, necessário, ainda que as telas azuis prejudiquem um pouco a vista do rio, já um tanto afetada por outros prédios.
Um dos hóspedes mais famosos do hotel foi o poeta que dá seu nome à Casa de Cultura, Mario Quintana. Tanto que, no 2º andar, se encontra uma réplica do quarto como se Quintana recém tivesse saído para dar uma das suas caminhadas pela Rua da Praia.
Entretanto, esta é a mesma imagem há 16 anos, desde aquele 5 de maio de 1994.
Ponto final
Mas, infelizmente, não há como esconder ou fugir de problemas cotidianos, como o trabalho infantil com o consentimento deste grupo de engravatados que, enquanto tomavam seu cafés, deixaram o pequeno engraxar seus sapatos.
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E hoje, sábado, 19, é Dia do Índio e do Exército Brasileiro. Mas não tenho muita certeza que todos vão comemorar juntos.
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