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sexta-feira, outubro 02, 2009

Vôlei feminino: sem adversárias

Às 19h30, Brasil e Uruguai começaram a se enfrentar pela segunda rodada do Campeonato Sulamericano de vôlei feminino, em Porto Alegre. Às 20h40, o público começou a sair do Ginásio Tesourinha após a marcação do último ponto do jogo, em um ace, fechando em 3x0 para as brasileiras.

Público no Tesourinha

Descontados os pedidos de tempo e os intervalos entre os sets, a partida terminou em uma hora e três minutos. É como assistir uma luta de boxe que termina em um nocaute no primeiro round. Mesmo assim, você sai bem feliz com a experiência. Foi essa a impressão que ficou da partida na noite desse primeiro dia de outubro. Na América do Sul não existem mais adversárias. No mundo, são poucas.

Lá vem o saque do set point, e o Brasil fecha o primeiro período em incomuns 25x7

Em um dos diversos tempos técnicos que a partida teve, fiquei me questionando o que o técnico das uruguaias poderia estar pedindo, diante de tamanha superioridade brasileira. Ou, então, o que o José Roberto Guimarães, técnico brasileiro, pedia para as suas meninas diante de um placar tão elástico.

Paula Pequeno e sua faixa na cabeça se preparando para mais um saque.

Mesmo assim, o legal do vôlei é a democracia do esporte. Com qualquer bola valendo ponto, até as adversárias mais fracas podem comemorar um pouquinho. E como vibraram as uruguaias a cada ponto marcado. Mesmo com tantas diferenças, batalharam todos os pontos. Eram as melhores do mundo de um lado contra outras quase amadoras. Ainda assim, as brasileiras fizeram um jogo sério, de muito respeito às adversárias. Foi um jogo de poucos rallies, mas que levantaram a torcida, presente em bom número ao ginásio. E mereceram aplausos até de "espiões", como esta argentina.

De notebook na mão e a câmera ligada ininterruptamente durante toda a partida, a argentina anotava até os supiros das nossas atletas.

Falando em torcida, é legal ver a quantidade de crianças e famílias presentes no ginásio, gritando o tempo todo, principalmente para Sheila e Paula Pequeno. E elas correspondem. No final da partida, autografam camisetas, tiram fotos, conversam com os pequenos (ou nem tanto) torcedores.

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