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terça-feira, outubro 06, 2009

Il Trovate, de Verdi, em POA

No Concerto Comunitário Zaffari do Dia das Mães, em maio, o maestro Frederico Gerling Junior prometeu. Este ano, teríamos uma ópera em Porto Alegre. A promessa foi cumprida, e muito bem, com a apresentação de Il Trovatore, de Giuseppe Verdi, com o Coral e Orquestra Filarmônica da PUCRS, nesse primeiro final de semana de outubro.

Giuseppe Verdi (1813-1901)

O bom público que compareceu ao Salão de Atos da universidade pôde acompanhar a história baseada no drama El Trobador, de Antonio Garcia Gutérrez. O trágico relato se passa nos idos de 1400 no que hoje se conhece como Espanha. À época, entretanto, ainda não existia o país, mas sim dividida em dois reinos, o de Castela e o de Aragão, onde se desenvolvem os fatos.

Il Trovatore foi representada pela primeira vez no Teatro Apollo, em Roma, em 19 de janeiro de 1853. Junto a Rigoletto e La Traviata faz parte da chamada “Trilogia Popular” de Verdi. Assim como Nabucco (a outra - e única - ópera que vi), os temas disputas de amor e de poder se repetem junto às tragédias familiares (que acompanham a vida do autor, que em 1840 perdeu dois filhos e a esposa).

A nobre Leonora se apaixona pelo cigano e trovador (galante e cortês compositor de poesias e canções) Manrico. Mas a complicar o amor dos dois está o Conde de Luna, que disputa com Manrico o amor da jovem.

O libreto da primeira apresentação de Il Trovatore

Um fato ocorrido anos antes influencia ainda mais a disputa entre ambos. Uma cigana fora acusada de amaldiçoar o irmão menor do Conde e, por isso, foi queimada em uma fogueira. Sua filha consegue fugir e leva consigo uma ordem da mãe morta: “Vinga-me!”. A cigana, que depois viria a criar Manrico, rapta a pequena criança e some. O Conde herda do pai a promessa de encontrar o irmão perdido. Já o trovador busca defender a mãe e ajudá-la a cumprir a promessa de vingança.

E se contar mais estrago as surpresas.

Não sai da cabeça o coro dos ciganos em seu acampamento. Junto ao canto, o som dos martelos dos trabalhadores acompanham as vozes que dizem:



Chi del gitano i giorni abbella? Chi del gitano i giorni abbella? La zingarella!


Aproveitando que estamos em um blog, é preciso parabenizar a organização do espetáculo pelo trabalho bem feito. Aconteceram alguns problemas com as legendas no primeiro ato, quase imperceptíveis diante da qualidade dos músicos, das vozes e do elenco e a velocidade nas mudanças de cenários entre as cenas.

Um comentário:

Thiago C. Brum disse...

se tu quiser, eu tenho a partitura completa da ópera... hehehehehe =)