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terça-feira, março 10, 2009

Pelos ares – parte 2


Não sei que avião sai do aeroporto de Porto Alegre à 1h da manhã, mas ouvir o barulho da decolagem faz aumentar a vontade de viajar. Ainda mais agora que, enfim, chegou meu livro da Varig! Vendo as fotos fiquei pensando como quatro hélices eram capaz de atravessar o oceano com pessoas e bagagens. Agora, só à jato.

Palmas para o piloto

Tinha escutado uma história de que os italianos aplaudiam o piloto após o final de um pouso bem-sucedido. E é fato. Logo o Airbus da Aerolineas encostou no piso em Fiumicino, ouviu-se metade do avião bater palmas. Fiquei com uma dúvida. Se o pouso não der certo, vão reclamar?

O terminal C do Aeroporto Leonardo da Vinci, em Fiumicino, cidade vizinha a Roma


“O assento da sua poltrona é flutuante”

Sempre que ouvia as comissárias dando essa orientação no início de um voo, ficava imaginando como ia fazer para retirar a poltrona inteira em caso de pouso na água. E, pior, todo mundo ali, boiando, mas bem sentadinho. Só numa das últimas viagens que fiz, vendo um cartão da Aerolineas Argentinas com desenhos, descobri que é só a almofadinha que sai. Ainda bem que não precisei.

Mais sorte que juízo

Voltando pra Porto depois de um evento, chego ao Aeroporto com minha chefe 15 minutos antes do horário de partida do voo, quando eles pedem para chegar uma hora antes. Achei que ia levar uma mijada, mas a mocinha do balcão da TAM começou a pedir desculpas, porque o voo estava com problema de overbooking. Íamos perder aquele voo de qualquer jeito, mas acabamos saindo com R$ 250 de bônus para próximas viagens.

Mas que aeroporto pequeno

Tinha que esperar umas três horas para embarcar em Buenos Aires. Estava no aeroporto de Ezeiza, e me impressionou como era pequeno, para uma capital de um país grande como a Argentina. Fiquei ali, a base de media-lunas e refri, sem ter nada para fazer. Pois quando faltava meia-hora para sair, descobri que estava no terminal 2, de uso exclusivo da Aerolineas Argentinas, e que se caminhasse um pouco veria uma passarela para o terminal 1, que tinha livrarias, restaurantes, bancos confortáveis...

Aeroporto Ministro Pistarini, Ezeiza, Argentina


As comissárias

Impressionante como as comissárias de bordo podem ser tão diferentes de uma companhia para outra. As da Varig, na época que a empresa estava quase falida, andavam num mau-humor, sempre emburradas. As da TAM tinham um ar esnobe, até para servir o famigerado sanduíche-quente do lanche. As da Gol eram só sorrissos, até pra ouvir xingão ou anunciar turbulência. Já as da Aerolineas Argentinas se caracterizavam pela experiência, por assim dizer. Tanto que, voltando da Itália em 2006, fizeram uma homenagem quase no fim da rota ao chefe dos comissários, que fazia seu último voo antes da aposentadoria.

A volta é sempre mais complicada

Esse voo, aliás, foi complicado. O Airbus A340-200 tem três fileiras de assentos, e eu fiquei na coluna do meio, no corredor. Do meu lado, um italiano ocupava a poltrona dele e metade da minha, para se ter uma idéia do tamanho da criança. Pouco dormi das 13 horas de viagem, ficava caminhando, ia juntar o travesseiro que teimava em rolar pelo avião, estava com calor e um pouco gripado. Como diz meu velho, ir é fácil. Voltar demora...

Gripe

Falando em gripado, quem já viajou com o nariz trancado sabe como é ruim ficar assim num ambiente pressurizado. Aconteceu quando voltei de Recife no madrugadão da Gol que, para minha tristeza, fez escalas em Salvador, no Rio, em São Paulo... Cada descida e subida você sente direto no nariz tudo aquilo que aprendeu na aula de ciências sobre alterações de pressão conforme a variação da altura.

Chegando em Recife, obviamente num dia de chuva


Passageiros indesejados

Ezeiza fica num descampado longe pra caramba do centro de Buenos Aires. E o avião que peguei para voltar das férias em 2007 estava num canto do aeroporto mais longe ainda. No meio da escuridão, apenas as luzes do Airbus da Gol se destacavam, e isso acabou atraindo um monte de mosquitos que embarcaram juntos. Quem estava de bermuda voltou para casa cheio de bolotas das picadas dos bichos. Só depois de dedetizar a cabine pudemos decolar. Fedendo a veneno.

Desembarcando no meio do campo em Ezeiza. De dia não tem problema, à noite é brabo aguentar os mosquitos.

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