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sexta-feira, abril 03, 2009

Pelos ares - parte 3

Saguão do aeroporto de Santiago, no Chile

“Aí, meu padinho!”

Um voo da TAM que vai direto de Porto Alegre a Brasilia vem, na verdade, de Buenos Aires. Muitos turistas nordestinos viajam nesse voo, fazendo conexão na Capital Federal. Numa dessas viagens, a coisa ficou feia na chegada. Tivemos que esperar meia hora circulando sobre o Plano Piloto até que tivéssemos autorização para baixar. Estávamos quase completando o pouso quando o piloto arremeteu e deu aquela barulheira dos motores retomando a força. Não foram poucos os “Aí, meu padinho Padi Ciço” e Pai Nossos. O que aconteceu? Havia um outro avião na pista, atrasado.

Congestionamento no ar

Não sei como está hoje, mas para baixar no Aeroporto JK em Brasília há uns quatro anos era preciso paciência e até 45 minutos. Do quarto do hotel era possível ver, à noite, o congestionamento no ar. Formam-se “degraus”, cada um ocupado por uma aeronave, que ficam voando em círculos, conforme a ordem de chegada. Cheguei a ver quatro degraus certa noite.

Hoje não, por favor

Esse movimento todo na Capital Federal se deve basicamente a políticos chegando e saindo. Principalmente no início da noite de quinta-feira, quando os parlamentares voltam para suas bases. É um voo que tem até apelido: Camburão. Na única vez que peguei o Camburão, só pensei: “Lembra daquela vez que pedi para juntar todos políticos num avião e derrubar? Por favor, não hoje?”

Uma "bela" manhã para voar em Brasília. Eram 11h da manhã.

Hein? O quê?

Não sei se os Fokker 100 ainda estão em operação no Brasil. Parece que a Oceanair ainda tem. Mas eles ficaram famosos no tempo em que a TAM operava com eles. Mais especificamente por uma sequencia de acidentes que fez a companhia decidir pela troca por jatos da Airbus. Mas volta e meia se pegava um dos velhos Fokker e aquelas imagens vinham à cabeça. Mas o pior desse avião é que a turbina fica ao lado das poltronas do fundo. Obviamente que a desgraçada do check-in me colocou bem ali. Por mais que se grite, não dá pra ouvir nada, e por isso a aeromoça achou que eu não queria o sanduíche-quente deles.

¿Naranja? Sí, tome Coca-Cola.

Depois de muito tempo sem falar em espanhol, ia praticar um pouco na ida pra Buenos Aires com a Aerolineas. A comissária perguntou se queria beber algo, pedi um “jugo de naranja” e ela prontamente me serviu Coca-Cola.

Pátio do aeroporto de Ezeiza

Malaço
Estava voltando em um voo da Varig, antes da falência, e as comissárias com aquelas caras fechadas, característica daquele momento da empresa. Quando baixamos em Porto, uma delas foi retirar algo do compartimento de bagagem. Mas alguém havia posicionado mal uma mala, daquelas que tem o canto reforçado com metal, e acabou caindo bem no ombro da coitada. Casualmente, no momento em que a outra colega fazia o tradicional anúncio de “cuidado ao retirar seus pertences do compartimento de bagagem, pois eles podem ter se movido durante o voo e causar algum acidente.” E acrescentou: “Como aconteceu com a comissária.”

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