As finais da Champions League

Nesta quarta Barcelona e Manchester United se enfrentam em Roma na final da Liga dos Campeões da Europa 2008/2009. Lá no longo 17 de julho do ano passado, postei sobre a primeira partida do torneio, um empate sem gols entre Inter Baku, do Azerbaijão, e o Rabotnicki Kometal, da Macedônia (veja aqui). Nenhum dos dois chegou a final (tampouco a fase de grupos, óbvio), mas seria injusto não escrever nada no final da competição.

Estava lembrando de outras finais que assisti. A primeira que me lembro foi a de 1993, justamente no primeiro ano em que o torneio passou a se chamar UEFA Champions League. Naquele ano, o Olympique de Marseille bateu um gigante Milan por 1 a 0. Logo depois se descobriria que o clube francês estava envolvido num escândalo de corrupção na liga local. Mesmo assim, não perderam o título continental, mas não puderam competir no ano seguinte e nem enfrentar o São Paulo na disputa do Mundial Interclubes em Tóquio.

Em 99, aconteceu a melhor decisão das que pude acompanhar do torneio. Tinha aula de inglês no dia e botei o jogo para gravar, mas meu videocassete deu problema. Ainda bem que existe YouTube! Só peguei o final naquele dia. E que final! O Manchester United perdia para o Bayern de Munique e virou a partida em dois minutos, após os 45 do segundo tempo.

Nessa decisão, Lennart Johansson, então presidente da UEFA, saiu da tribuna do Camp Nou para entregar o troféu e não viu a virada inglesa. Tiveram que lhe explicar que o troféu não iria para os alemães. Depois, Johansson comentou o fato: "Desci dois minutos antes do fim do jogo. Quando cheguei lá embaixo, os vencedores estavam chorando e os perdedores comemorando. Não estava entendendo nada!"

Em 2003 aconteceu a primeira e única final com dois clubes italianos, entre Milan e Juventus. As torcidas invadiram Manchester. A partida terminou em 0x0. Nos pênaltis, Dida foi decisivo e os rossoneri baterem a Vecchia Signora de Buffon.

Dois anos depois, novamente o Milan na decisão. Dessa vez, contra o Liverpool, em Istambul. Estava trabalhando à tarde e, quando vi que o primeiro tempo havia terminado em 3x0 para os italianos, nem me preocupei em ver o resto do jogo. Só fui saber que os ingleses haviam empatado em sete minutos e vencido nos pênaltis no outro dia em Montevidéu, no meio do feriadão. Até hoje chamam aquela partida de "The Miracle of Istanbul".

Tem uma final que não assisti, pois não tinha nascido ainda, mas que foi muito importante. A de 1983, entre Hamburgo e Juventus. Numa zebra, os alemães bateram a forte equipe italiana (tinha o tricampeão Zoff no gol, além de Gentile, Bettega, Michel Platini e Giovanni Trapattoni como técnico) e se garantiram para a final do Mundial daquele ano. Os tricolores lembram do final dessa história.

Ponto final
Editado em 28/05

Foi um bom jogo esse de quarta. Não foi tão espetacular quanto algumas outras porque o Barcelona soube dominar a partida e anular os ingleses. Título mais do que merecido para o tríplice campeão, o primeiro espanhol a ganhar a Liga, a Copa do Rei e a Champions na mesma temporada. E, como diz o hino do Barça, hoje na cidade catalã "Tot el camp / Es un clam / Son la gent Blaugrana / Tan se val d`on venin".