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terça-feira, março 06, 2007

Desafio: Sapato

Um temporal inesperado, as ruas do Centro transformadas em rios e a conseqüência é um par de sapatos encharcados. Dia seguinte, pouco sol para tentar secar o estrago da noite anterior. Procura na gaveta dos calçados algo semelhante e não encontra bem como queria. Um sinal indireto que é hora de abrir a mão e comprar um novo sapato. Um não. O par.

Tarefa simples, não? Os pré-requisitos para cumprir a missão estavam à disposição: dinheiro, para comprar, e lojas, interessadas em vender.

Mas começa a complicar quando você calça 44 (ou 45, dependendo da fôrma do fabricante) e busca um sapato sem cadarço (não sei o termo técnico para isso) e na cor preta. Ah, e que tenha também um pouquinho de qualidade (chineses fora) e conforto. Sem esquecer, obviamente, o precinho camarada.

E é preciso viver a experiência para sentir as dificuldades. Tons escuros na numeração que procurava eram quase inexistentes. "Olha, 44 eu tenho em branco com detalhes em vermelho, ou esse meio laranja com amarelo...", foram algumas coisas que ouvi. Puxa, já é o suficiente para chamar a atenção ter 1,95m de altura e um pé 44. Preciso de mais?

Depois, em duas lojas (e isso me assusta), os vendedores me ofereceram sapatos 43. "Como é couro, é flexível, com o tempo ele alarga. Vai, experimenta pra ver", ouvi duas vezes, por incrível que pareça. Deu vontade de responder: "Velho, eu conheço meu pé. Há mais de dez anos calço 44. Porque de uma hora pra outra ele iria diminuir?". Mas ainda assim tentava colocar o tal sapato, que começava a rasgar logo depois de passarem os dedos. Acho que era isso que eles queriam dizer com "o couro se alarga".

Enfim, duas horas depois, o encontrei. Tamanho 44, preto, sem cadarço, sem frescura. Coloquei no pé, entrou perfeito. O espaço exato diante do dedão. Solado costurado (só colado não basta) especial com tecnologia de amortecimento para garantir o conforto. E, ainda por cima, em promoção.

Foi numa Loja Paquetá, no centro. Fui pagar o meu novo Pegada (lembrava da Juliana Paes na hora), e tive a surpresa ao ser avisado pela caixa da loja um preço totalmente diferente, R$ 30 mais caro. "Olha, é que 44 é considerado tamanho especial, por isso é cobrado esse preço diferente", ela me explicou. O próprio vendedor que me atendeu ficou constrangido. Como ainda estava dentro da faixa de preço que estava disposto a pagar, e não queria mais me incomodar com isso, levei igual. Não deveria, eu sei.

Então, agora 44 é tamanho especial. Pesquisas mostram que as últimas gerações são mais altas que as anteriores. A população está crescendo (em todos os sentidos), e eles se aproveitam disso para cobrar mais. Não acontece apenas com calçados. Se você vai comprar uma camisa GG, ela tem o tamanho de uma M de antigamente. Bom, não vou dizer que 44 seja padrão, mas todos conhecem pessoas que usam.

Por isso, Lojas Paquetá, NUNCA MAIS!

3 comentários:

Anônimo disse...

Passo por isso também. Dá vontade de mandar longe a todo esse povo mesmo.


E... o que tu tem contra sapatos laranjas?

Anônimo disse...

Bem...sem contar do constrangimento que já passei e na atual fase de vida já superado, o fato de uma mulher calçar 39.
Beijos,
Andreia de SP

Anônimo disse...

Pe grande! hahahaha
vamos comecar um manifesto: 44 nao eh tamanho especial!!!!!!!!
e eu, q tenho um pe maior q o outro?! hahahahaha
nothing weird ha?!
lov u