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segunda-feira, abril 16, 2007

Fórmula 1 2007 - GP do Bahrein - 15/04/2007
Massa al dente
Piloto brasileiro ganha sua primeira prova no ano. Resultados embolam o campeonato para a etapa européia

Enfim, um final de semana que deu tudo certo para Felipe Massa. O piloto brasileiro da Ferrari conseguiu, no sábado, o melhor tempo no treino de classificação para o grid, aproveitou a posição e não a largou até o final da prova. A vitória no GP do Bahein de Fórmula 1, realizado neste domingo, foi a primeira de Massa no ano e importante para recuperar a moral do piloto, afetada pelo erro na Malásia e a pressão da imprensa. “Depois de todos os problemas com a mídia nessa semana, o melhor modo era fazer uma boa largada. E ainda bem que foi apenas uma semana. Após fazer uma boa corrida e terminar na frente, tenho certeza que vão falar diferente”, afirmou.

Na segunda colocação, novamente, Lewis Hamilton, da McLaren. No seu terceiro GP, consegue seu terceiro pódio, fato inédito na categoria. Além disso, com o terceiro lugar de Kimi Raikkonen (Finlândia, Ferrari) e o quinto do companheiro de equipe Fernando Alonso (Espanha), o inglês alcançou a liderança da competição, empatado em 22 pontos com os outros dois pilotos. Em quarto está Massa, que soma 17 pontos, graças aos dez obtidos no Bahrein.

Com isso, a Fórmula 1 entra na sua fase européia com uma verdadeira maçaroca no ranking de pilotos. No dia 13 de maio, acontece a próxima etapa, com o GP da Catalunha, no circuito de Montmelo, em Barcelona (Espanha).

Heidfeld puxa a BMW. Renault e Williams se afundam.

Se McLaren e Ferrari estão confirmando o favoritismo e disparam no campeonato de construtores, entre as demais equipes o destaque é a BMW. O responsável pelos bons resultados é o alemão Nick Heidfeld, que novamente terminou na quarta colocação, sempre a frente de um dos carros das grandes escuderias deste ano. Desta vez com direito a uma magistral ultrapassagem sobre o bicampeão da F1, Alonso, na 32ª volta. O espanhol havia começado bem, ultrapassando Raikkonen na largada. Mas o finlandês recuperou a posição após a primeira parada nos boxes graças à estratégia ferrarista.

Se a dúvida para a temporada era o comportamento da Renault após as mudanças, a decepção tem sido a resposta. O time de Flavio Briatore parece sentir falta não só do piloto que lhe deu os dois últimos títulos da categoria, como também dos pneus Michellin. A empresa tinha uma produção especial para a Renault, o que fez diferença nas temporadas campeãs. Este ano, com o obrigatório uso de compostos da Bridgestone, ainda não aconteceu o acerto do carro.

Outra equipe que não vem correspondendo à sua história é a Williams, que somou apenas dois pontos na etapa de abertura, na Austrália, e depois passou em branco. A última grande temporada da equipe aconteceu em 2003, quando terminou no segundo posto entre os construtores.

Coulthard fazia uma grande. Choque tirou dois na largada.

Quem fazia uma corrida de destaque era David Coulthard. Largando da penúltima posição com sua Red Bull, chegou a ocupar a sétima colocação. Entretanto, após a sua segunda parada, na volta 35, teve problemas com a suspensão e abandonou a prova. Seu companheiro de equipe, Mark Weber, deixaria a prova na 41ª volta, com problemas no câmbio e após ter deixado a tampa do tanque em algum trecho do circuito.

Antes, na largada, já na primeira curva, Scott Speed (Toro Rosso) e Jenson Button (Honda) deixaram a prova. O americano levou uma entrada por trás de Adrian Sutil (Spyker), enquanto o inglês bateu em Coulthard e levou a pior. Rubens Barrichello, da mesma equipe de Button, concluiu a prova numa fraca 13ª posição, à frente apenas dos dois pilotos da Spyker. Seria hora de se aposentar?

Também não concluíram a prova no circuito no meio do deserto Vitantonio Liuzzi (volta 26, problema hidráulico), Takuma Sato (34, motor explodiu e fumegou) e Anthony Davidson (51, motor não agüentou).

Ponto final

Que belo início de campeonato. Temos um brasileiro andando na frente, um novato de com uma categoria supreendente, um bicampeão lutando para impor respeito e um pequeno se metendo nas brigas de gente grande. Até a imprensa precisa se conter nas previsões e no entusiasmo. No calor da hora, a mídia italiana torrou Massa pelo erro da semana passada. Hoje, elogiou, como deveria ser. Agora três semanas de folga, três domingos para dormir até mais tarde tranqüilamente.

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