Parcialidade Total, por Eduardo Leonardi

Uma vitória real
Na corrida mais tradicional da Fórmula 1, a vitória de Alonso também foi ao velho modo, conquistando o 150º triunfo da McLaren na história da competição

De ponta a ponta, Fernando Alonso levou sua McLaren ao primeiro lugar do Grande Prêmio de Mônaco de Fórmula 1, realizado neste domingo, 27 de maio. Uma vitória tão tradicional quanto o circuito na qual foi obtida. Com isso, o espanhol retorna à liderança da temporada, com 38 pontos, novamente empatado com o companheiro de time, Lewis Hamilton. Novamente o inglês fechou uma prova na segunda colocação. Esta nova dobradinha fez a equipe prateada abrir 20 pontos da Ferrari no campeonato de construtores. Superioridade confirmada pelo fato do terceiro colocado, Felipe Massa, chegar 1min5seg após a dupla.


A prova em si foi carente em emoções. A maioria das trocas de posições aconteceu pela diferença nas estratégias das equipes em relação às paradas nos boxes, com muitos pilotos parando apenas uma vez. Parecia que haveria uma disputa entre os líderes Alonso e Hamilton, faltando vinte voltas para o fim da corrida. O inglês quase saiu ao voar sobre a zebra quando a distância entre os dois estava abaixo de um segundo. Depois, por precaução (ou ordem da equipe) a jovem revelação deste ano sossegou e aceitou o segundo posto e garantiu o cumprimento da princesa Caroline de Mônaco, de quem recebeu o troféu.

O circo da Fórmula 1 deixa a Europa e parte para duas provas na América do Norte. A primeira no Canadá, em Montreal, no dia 10 de junho.

Raikkonen e Speed fazem recuperação

Sobre o companheiro de Massa na Ferrari, Kimi Raikkonen, tem caído a responsabilidade da vantagem da McLaren entre os construtores. Um erro no treino do sábado, quando arrebentou a suspensão num muro, fez o “Homem de Gelo” largar na 16ª colocação. Ele ainda garantiu um ponto, chegando em oitavo. Atrás dele veio o norte-americano Scott Speed, da Super Toro Rosso, que recuperou nove colocações em relação à largada.

Apesar das estreitas ruas, foram poucos os acidentes da etapa. O colega de equipe de Speed, o italiano Vitantonio Liuzzi se perdeu na primeira volta e só se achou ao encontrar o guard-rail. Em situação semelhante, na volta 53, Adrian Sutil, sutilmente deixou o lado direito da sua Spyker na mureta e foi tomar um bom café num dos bares do principado, olhando o resto da prova na TV. A outra Spyker, de Christijan Albers, teve problemas técnicos a oito voltas do fim. Problemas no câmbio tiraram Mark Webber (Red Bull) após 17 giros no circuito.