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quarta-feira, março 05, 2008

A escolha de Juno

Antes de entrar na sala do cinema para assistir Juno (direção de Jason Reitman e o oscarizado roteiro de Diablo Cody) dei uma rápida olhada no cartaz do filme. Dizia algo como “uma lição de vida surpreendente”.

A menininha de 16 anos decide transar com um colega do colégio. Ambos são o inverso do estilo popular na escola, ela não é uma cheerleader e ele é um magricela da equipe de atletismo. Pela falta de proteção e questões da biologia, acontece a gravidez.

A partir daí, o espectador vai acompanhar os desafios enfrentados por esta jovem e as mudanças que vão acontecendo ao longo das próximas quatro estações. A destacar o crescimento da responsabilidade e maturidade que tem a personagem, principalmente no momento de fazer uma decisiva escolha.

Juno e "the stuff"

A adolescente em questão é Juno (Ellen Page). Inquieta, fala pelos cotovelos numa velocidade incrível (para quem já assistiu Gilmore Girls, lembra muito a personagem Rory). Já o pai da criança, Paulie Bleeker (Michael Cera), é de pouca fala e jeito bobo (reforçado pelo próprio nome). Por isso, impressiona tanto os outros personagens quanto o público que ele tenha sido capaz de fazer aquele filho.

"Não sabia que ele era capaz disso", diz o pai de Juno. A gente tampouco.

Por estas indas e vindas, se justifica aquela frase do cartaz. A abordagem da gravidez na adolescência e a característica dos personagens detona com o estilo americano de viver. Mas, no fim, a solução apresentada acaba sendo demasiadamente hollywoodiana, com toques de novela mexicana, e todos acabam felizes para sempre.

O fato da roteirista ser uma bloggeira dinamiza o filme com uma linguagem rápida e carregada de gírias e expressões que dão os tons de humor negro. Infelizmente, as legendas não colaboram. Por exemplo, Juno sempre se refere a criança que leva na barriga como thing, stuff, pack. Poderia ser traduzido como “coisa”, “pacote”, mas sabe-se lá por que deixaram, simplesmente, como “bebê”, tirando parte da graça dos diálogos.

Ponto final

Mas algo estava tirando a minha atenção durante o filme (e não era minha namorada). Depois me dei conta que a madrasta de Juno, intepretada por Allison Janney, me lembrava uma pessoa conhecida. Até que percebi...

2 comentários:

Piero Barcellos disse...

Eu fiquei com muita vontade de ver Juno. Mas antes, a minha prioridade é Rambo 4, hehehe.
Mas, falando sério, Juno tem uam coisa que anda faltando pro pessoal de Hollywood, que é a originalidade de idéias para se fazer um roteiro, bem como identificação ao se retratar uma realidade, como a dos adolescentes dos EUA. Juno é o contraponto das comédias estudantis idiotas. Por isso que eu quero muito ver o filme.

Leandro Luz disse...

Olá, tudo bom ??

Cara, gostei muito do teu blog, muito bom mesmo, tens ótimos textos, parabéns!

Também sou estudante de jornalismo e estou começando a fazer um blog:

ocioiluminado.blogspot.com

Se tiveres um tempo dá uma passada lá!

Abraço