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quinta-feira, outubro 15, 2009

Paris, o filme

Entrei na sala de cinema para assistir Paris com a expectativa de ver mais um capítulo da história iniciada com “Albergue Espanhol” e sequenciada por “Bonecas Russas”. Afinal, o diretor dos três filmes é o mesmo Cédric Klapisch e o papel principal cai ao mesmo ator, Romain Duris. Até para filmar a capital francesa o Klapisch utiliza os mesmos jogos de câmera já utilizados na fotografia das cidades objeto das outras duas obras, Barcelona e São Petesburgo, respectivamente.


Mas as semelhanças terminam aí, na câmera. O personagem de Duris é outro. Sai Xavier, entra Pierre. Jovem bailarino, descobre uma grave doença cardíaca que muda sua vida e de sua irmã mais velha, Élise (Juliette Binoche), mãe solteira que passa a morar junto ao rapaz para cuidá-lo, ainda que para isso arranje diversos problemas com os filhos e no trabalho.



A partir daí, o cineasta monta uma rede com os personagens. Uma série de pessoas que vivem numa grande cidade, cada uma com seus problemas, considerando suas dificuldades maiores que as dos outros.

Por meio de Élise, conhecemos a história dos trabalhadores de uma feira próxima a sua casa. Um deles, triste pela separação da esposa. Os outros são mais farreadores, como se revela na cena com modelos que visitam um grande centro de distribuição de alimentos francês. Entre elas, uma que se apaixonou por um camaronês que quer entrar ilegalmente na França para viver junto ao irmão, porteiro no prédio de Pierre.

Romain Duris e Juliette Binoche

E é da janela de seu apartamento que ele observa a bela e jovem vizinha, mas não é correspondido, uma vez que ela se envolve com um colega de faculdade e, em paralelo, com um professor, reconhecido pelos conhecimentos da história de Paris. Ele sofre por não ter todo amor da jovem e por viver à sombra do exitoso irmão, um engenheiro bem casado.

A opção por uma fotografia cinzenta é um grande contraste à imagem de Cidade Luz que Paris tem. Auxilia na montagem de um aspecto frio para o filme, junto às confusões normais de uma grande cidade e o mal-humor típico parisiense.

Vale a pena conferir a trilha sonora do filme. Dá pra ter uma provinha no site de divulgação: www.lefilm-paris.com

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